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Tema do meu próximo livro

  • Foto do escritor: Luis Manuel Silva
    Luis Manuel Silva
  • 22 de abr.
  • 5 min de leitura

Atualizado: 24 de abr.


Hoje venho pela primeira vez escrever um pouco sobre o meu próximo Livro, falar resumidamente sobre o tema e alguns desafios que tenho enfrentado. Estou indeciso: onde e como publicar o próximo livro? Está quase.

Eventualmente, uma editora ou alguém que distraidamente passe os olhos por este texto poderá estar interessado ou conhecer um outro alguém que o queira publicar. Para já, não tem título. No entanto, estou inclinado para «Uma Diversão de Potestades.»



Angola, 72 a 74, num momento de fuga à rotina. A minha oficina de escrita diária. Aos pés e debaixo da cama dormia o armamento de guerra.
Angola, 72 a 74, num momento de fuga à rotina. A minha oficina de escrita diária. Aos pés e debaixo da cama dormia o armamento de guerra.

O tema de fundo: as guerras da Ucrânia e Gaza. As personagens: estudantes de uma universidade de Nova Yorque. Oriundos das mais diversas geografias, inclusive dos países envolvidos, vão-se enredando cada vez mais nas duas guerras, quer com ajudas humanitárias quer com ações militares no terreno. Para além destas, há mais duas personagens etéreas que vão determinar os destinos das duas nações. Para que tal aconteça, cada um deles envia um mensageiro de confiança: o Anjo Negro russo e o Profeta de Israel. A execução das ações são concebidas de acordo com as jogadas que as vontades etéreas vão construindo num tabuleiro de xadrez.



Os Reis, as peças mais importantes de um jogo de Xadrez
Os Reis, as peças mais importantes de um jogo de Xadrez

O livro foi concluído, entrou numa nova fase e caminha aceleradamente para a uma nova vida: prestes a morrer para mim, prepara-se para ganhar asas e voar.

Por agora, foi enviado para revisão: correção textual e ortográfica. Quando o receber, e de acordo com as notas da revisora, poderá estar sujeito a uma ou outra alteração de pico fino. Assim o espero. Depois é só encaminhá-lo para o mundo. Entretanto, ainda tenho pequenos grandes trabalhos. A capa está a ser elaborada por um colaborador que encontrei na net. Felizmente, as ferramentas de pesquisa são de uma grande ajuda para quem quiser resolver problemas do dia a dia, mas também para aqueles que se aventuram com novos projetos de vida: quer enriquecer? Procure na net; quer viajar? Vá à net; tem um panarício? Nada melhor que procurar na net. E assim por diante.

Fui eu que desenvolvi o meu site: luismanuelsilva.com , deu muito trabalho, paguei mais do que devia, por nabice, já que havia soluções mais económicas, e nunca funcionou como esperava. Por outro lado, de cada vez que queria pôr um pequeno texto no blogue, andava sempre perdido. Conclusão: deixei de publicar. Estive uns meses em pousio. Enquanto isso, fui maturando. Duas soluções se apresentaram: desistir ou fazer alguma coisa para tornar o site mais responsivo, como se diz. O mundo da net e do digital, à semelhança da eficácia da nossa justiça, é um emaranhado de vocábulos secretos que confundem. Optei pela segunda via.

Ao fazer isso, tive de pegar de caras as redes sociais como ferramenta de apoio. Nunca gostei delas: fugia delas como o diabo da cruz. No entanto, tenho saber e elasticidade suficiente para perceber como funciona o mundo, conhecer os ritmos evolutivos da humanidade. Hoje não há espaço para o analfabetismo digital. Por ser um produto de outros tempos, sei que as redes sociais adormecem as nossas capacidades de memorização, esfriam a análise ideológica e por incapacidade de pensar e falta de perícia argumentativa, perdemos o manejo da arma crítica.

Mas também nos abre as portas para um admirável mundo novo. A porta está apenas entreaberta e desconhecemos por completo o que vamos encontrar quando a escancararmos. Para já, se não soubermos aproveitar as redes sociais e a IA podemos voltar a ser analfabetos. Isto é mais complexo do que acabo de dizer. Um dos maiores perigos é o seguidismo: se não estivermos atentos, poderemos ser levados para o precipício.

Voltemos ao admirável mundo novo da net. Nela encontrei quem melhorasse o site, quem fizesse capas para livros, quem corrigisse os manuscritos, quem fornecesse as ferramentas para publicar. Sem a net, tal não seria possível. Não estou a ver um Eça, Camilo, Garret, Camões e muitos mais a publicarem livros se não fossem conhecidos. Hoje é o mesmo. A comunicação social é o maior viveiro de escritores: quase todos acabarão por morrer; um ou outro ficará para a história. No entanto, a net dá a possibilidade de os desconhecidos brincarem com o mundo dos graúdos. Às vezes resulta! Acabei por surfar nas ondas mansas.

Para esta minha atividade de escrevinhador de textos, encontrei quem melhorasse o meu site. Gostei tanto do trabalho que acabamos por alargar a nossa atividade para outras áreas. Recentemente, resolvemos explorar a capa do meu livro. Estamos na fase da elaboração do desenho de acordo com um conjunto de premissas que estabeleci. A minha curiosidade, neste momento, está em saber até que ponto ele compreendeu as minhas descrições textuais e o esquiço do desenho. Para que interiorizasse o conteúdo, fiz uma resenha descritiva da história. É uma porta de entrada para o miolo. Queria que o sentisse e o espelhasse na capa. Felizmente sou liberal. Apesar de condicionar o desenho, deixo espaço para a criatividade. Já fui surpreendido pela positiva e negativa. Pela negativa, e depois de muita luta, conseguimos encontrar um ponto de equilíbrio que resultou numa boa capa. Pelo menos para mim. Gosto delas.

Por fim, corrigido o livro, feita a capa, é tempo de publicar. É a parte mais difícil.

Inicialmente, pensava publicar o primeiro livro através de uma editora. Para isso, e durante dois ou três anos, concorri a tudo que eram concursos literários. Népia! Contactei editoras e consegui que uma editasse um livro. É uma boa editora. Eu é que não estava preparado para ela. Durante o processo, e até à publicação, o livro foi escolhido para fazer parte de uma coleção. Por razões que estavam dependentes de uma linha de financiamento, a coleção foi sendo adiada e eu acabei por desistir. Mais tarde, tive duas editoras interessadas. Quando percebi do que se tratava, desisti. Posso pagar, e pago, para corrigir um livro e fazer a capa: pagar para publicar é que não. Não tenho ego para tanto.

Conclusão: depois de muitas palavras, mails, falsas promessas e custos de publicação, acabei por colocar os meus livros à venda na Amazon. Tem vantagens: não pago nada; tem desvantagens: está mais virado para o mercado inglês. A aplicação para publicar o livro também é pobrezinha. Por fim, posso não receber nada, mas também não pago nada. O segredo das vendas está numa escrita suave e encantatória: quem sou eu para ser juiz em causa própria. O outro segredo, ainda que a escrita seja excelente, nada se vende sem uma boa campanha publicitária. Publicidade apelativa até consegue vender pechisbeque.

Aos meus possíveis leitores faço um apelo: se se sentirem tentados a explorarem a minha escrita, façam o favor de a criticar. Podem fazê-lo na classificação, mas também pelo meu site. Quando estudava, só conseguia saber se era bom, mediano ou fraco aluno quando recebia as classificações dos meus bons e saudosos mestres. Durante toda a minha vida profissional fui classificado e tive de viver com isso. Como tive muitas, boas e más, estou vacinado e resisto a qualquer tipo de apreciação, por mais dura que seja. O que peço, não é uma massagem no ego, é fazer o que o bom amigo faz: diz a verdade. A minha escrita seduz ou não? Vocês o dirão. Gosto da palavra: a sedução pela escrita. Foi uma pessoa amiga que me despertou para esta frase. É bonita.

Aos meus amigos, conhecidos e desconhecidos, façam o favor de se pronunciarem. Não precisam de comprar os meus livros para o fazer, têm um processo de aferição eficaz: se forem seduzidos pelos meus escritos no blog, estão à vontade para visitar a Amazon; se vos deixar indiferentes: há coisas mais importantes para gastar o dinheiro — esqueçam. A última coisa que quero é patrocinar o masoquismo.



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