Papoilas
- Luis Manuel Silva

- 7 de out.
- 1 min de leitura
Para quebrar um pouco a monotonia de um verão difícil com fogos, inundações, guerras, governações nacionais e internacionais duvidosas, e partidos ainda mais duvidosos, deixo aqui um pequeno texto sem pretensões poéticas rítmicas e métricas. Foi a tentativa de uma nova forma de escrever.

Papoilas
Beijos
suaves
doces
húmidos
Secos
molhados
amargos
salgados
aflorados
são frágeis
papoilas que vão caindo
ao de leve
nos lábios
que tocam
na pele
que ressumbra
desejos.

Lábios ardentes
línguas serpentinas
que gotejam
desejos letais
que se exalam
nos braços
que apertam.




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