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O Alarme da Cidadania. Por Que Votamos no Benfica, Mas Não na Democracia?

  • Foto do escritor: Luis Manuel Silva
    Luis Manuel Silva
  • 11 de nov.
  • 2 min de leitura

Atualizado: 2 de dez.



Águia, símbolo do SL Benfica | Imagem de Niccolò Chiamori no Unsplash
Águia, símbolo do SL Benfica | Imagem de Niccolò Chiamori no Unsplash


A Urgência do Voto: Estabilidade ou Salto no Escuro?


2025 foi um ano fértil em eleições políticas, clubísticas, profissionais e afins. Votar, para além de ser um ato de civilidade, é uma manifestação de apoio e solidariedade.

Pelo voto, respondemos à nossa vontade de mudança. É pelo voto que dizemos o que queremos, para onde tencionamos ir. Ou concordamos com a situação vigente ou discordamos e afirmamos com uma cruz, no boletim de voto, que queremos mudar. Estabilidade ou mudança é a resposta a quem nos pergunta para onde queremos ir.

Com a caneta na mão, o boletim poisado em cima da prancha, que se pretende secreta, assaltam-nos incertezas. Antes da cruz no quadrado, sabíamos em quem votar; no momento de colocar a cruz, todas as dúvidas são legítimas. É nesse preciso momento que fazemos um levantamento rápido por todos os símbolos que se apresentam a votos e perguntamos: que nos propõem? Que querem de nós? Será que compreendi bem todas as propostas que me foram apresentadas para mudar ou continuar?

Quando nos pedem para nos manifestarmos, pelo voto, é o mesmo que pedir para dar um salto no escuro. Conhecemos os que estão e o que pretendem, concordemos ou não; não conhecemos nem sabemos quem são os que se propõem alterar um estado de coisas que não funcionam ou funcionam mal. Neste último caso, caminhamos cegamente para soluções de que não temos a certeza se funcionarão.


O Trampolim Pessoal vs. o Bem Comum


Quantas eleições apresentaram ilustres candidatos desconhecidos, tantas vezes à procura de poiso, para resolverem os seus problemas pessoais? Na política, desporto e coletividades menores, vemos cidadãos responsáveis, cuja finalidade é o bem servir e melhorar a vida dos seus associados e compatriotas. Mas também vemos muitos que fazem do servir um trampolim para vidas mais abastadas.


O Alarme do Benfica: Onde Está a Paixão Cívica?


As eleições do Benfica são um dos grandes acontecimentos nacionais. As do Sporting e Porto, também. No entanto, tanto a primeira volta como a segunda, do Benfica, foram acontecimentos que mobilizaram a comunicação social, os associados locais, e toda a nação benfiquista nacional e mais além. Até entrou para o Guiness!

Um acontecimento destes, com tanta afluência às mesas de voto, obriga-nos a perguntar porque não vemos o mesmo entusiasmo nas eleições políticas, sejam as legislativas, autárquicas ou presidenciais.


O Mito da Experiência e o Perigo das Castas


Em janeiro vamos ter eleições presidenciais. Os candidatos são muitos, e todos se dizem apartidários. Apartidários uma ova! É bom que comecemos, desde já, a pensar em quem iremos votar. Esquerda ou direita, políticos ou apolíticos, fardados ou civis? Não há desculpa para não votarmos no candidato da nossa preferência.

Já agora, e por falar em desculpa, só não desculpo uma coisa: que digam que é preciso ter experiência política para ser candidato a presidente. Não sou político nem tenho experiência de tal. Será que por via disso tenho de ser ostracizado num regime que pretende ser democrático? E é. Estarão os partidos a criarem castas políticas de familiares e amigos?

Salazar também só queria políticos nos cargos. Custou-nos caro essa vontade.




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