A Propósito das Eleições
- Luis Manuel Silva

- 6 de mai.
- 12 min de leitura
O texto que se segue foi escrito num momento de bagunça política entre partidos, governo e comunicação social, em junho de 2023. Farto de notícias diárias do acessório, resolvi descarregar a frustração em todas as forças vivas da nação.

Reflexão de um Cidadão que Gostava de Viver num País Livre.
Antes de mais, declaro que sou cidadão normal com direitos e deveres; não falho a mesa de voto; não sou prisioneiro de interesses partidários, grande capital, comunicação social, grupos corporativos, ordens, sindicatos e afins; não estou a leste do que se passa no meu país e fora dele; tenho uma ideologia que se pauta por justiça, liberdade e tolerância.
Porque tenho muitos anos em cima das pernas, devo dizer que passei pelos malefícios do Estado Policial e fiz a guerra do ultramar; passei pela maior alegria que alguém da minha geração poderia ter: o 25 de Abril; votei pela primeira vez em liberdade — com filas intermináveis de pessoas que também votavam pela primeira vez; vi um povo de gente esperançosa proceder a transformações de fundo, necessárias e urgentes, como alfabetização, abertura de estradas, construção de habitações condignas — para acabar com os grandes abarracamentos de Lisboa e as habitações precárias de um país que ainda vivia próximo do Infante das Descobertas, principalmente no interior; vi a criação de redes embrionárias de proteção à infância e velhice; a criação de um ordenado mínimo nacional — ainda que pobrezinho, como o país, não deixava de ser uma ajuda a quem pouco ou nada tinha; o aperfeiçoamento das pensões de reforma e sobrevivência para todos os cidadãos, até para aqueles que nunca contribuíram, mas trabalhavam para sobreviver; a criação de um Sistema Nacional de Saúde, gratuito, aberto a todos, de que até então, principalmente os mais necessitados, estavam arredados — as doenças eram tratadas com mezinhas e a ajuda da bruxa mais sabida. Tudo isto vi e vivi.
Depois de Abril, tudo foi construído, reconstruído e melhorado. Fizeram-se asneiras. Principalmente, motivadas pela pobreza de espírito: as menos graves. As mais danosas foram feitas pelo compadrio, a ambição pessoal, a defesa dos grandes interesses privados: quem mais pagava oferecia um lugar de administração ou direção depois de umas temporadas nos parlamentos e governos.
No entanto, havia e há cidadania, mas também favorecimento. Da cidadania ficou o exemplo da integridade dos homens bons; dos favores ficaram os inúmeros fumos sem fogo nos processos judiciais intermináveis que morreram na extensa praia da justiça cega. Por ser cega nada provou e os que partiram pobres para a política ficaram pornograficamente ricos...
Sem querer ser exaustivo nas asneiras, lembro a destruição das indústrias, agricultura, pescas, por troca dos dinheiros que não chegavam onde era mais necessário: formação e modernização. Hoje, ouvimos antigos responsáveis de primeira água criticarem — sem qualquer moral para o fazer, típico de gente intelectualmente analfabeta e sem escrúpulos —, o que se faz, bem ou mal. Para além de terem feito muitas asneiras, acreditam que o tempo é uma borracha que tudo apaga. Também tive a desdita de ver um idoso concorrer à presidência. Por tal motivo, e apesar do muito que fez, perdeu credibilidade para falar com autoridade (parece que virou moda). Um partido ou país que não tem gente nova para estar à frente dos partidos, dos órgãos de governação, é um país esgotado, sem soluções nem futuro: fecham as portas aos mais novos.
Não esqueço que foi gente nova que fez o 25 de Abril, descongelou os icebergues de São Bento e Belém.
Os caminhos da liberdade, democracia, igualdade, justiça, tolerância, educação, saúde, bem-estar, fazem-se com erros e avanços, principalmente nas democracias jovens que nunca conheceram o sabor da liberdade. Por tal motivo são crédulas. Com erros e acertos, as democracias crescem, os países vão ficando mais ricos. Estamos longe disso, mas lá chegaremos. Quero acreditar que sim.
Hoje, olho para o país que fomos e vejo que estamos melhor. Para os que não pensam assim, devo insistir que estamos muito melhor. São os privilégios de quem no dia 24 tinha um país fechado, cheio de prisões e proibições, e no dia 26 descobriu que podia ler, gritar, juntar-se: tudo o que era proibido passou a ser permitido; os que estavam fechados por pensarem alto foram libertados. Mas eu não posso, nem devo, ser uma referência para as gerações de agora. Estão insatisfeitas e têm razões para isso. Apesar do país ter progredido, muito, nos últimos cinquenta anos, continua pobre e necessitado de reformas profundas que o projetem para os primeiros lugares dos países mais justos e com níveis de vida confortáveis. E temos condições para lá chegar.
No entanto, somos perdulários. De tal modo, que até nos damos ao luxo de gastar dinheiro em formação avançada para depois enviar os melhores para fora. Vão ocupar, a custo zero, lugares de direção e investigação, enriquecem-se e enriquecem os outros com os conhecimentos que lhes demos à custa de sofrimentos e poupanças que custaram os olhos da cara aos pais e país. Formamos os nossos jovens, deles não aproveitamos nada. São estas gerações cultas, letradas, tecnológicas, que mais do que nunca, tem uma palavra a dizer, se quiserem mudar a sociedade em que vivemos e vão viver.
Temos uma classe política mais ou menos escrutinada. Assim deverá continuar a ser sem incorrer no erro do exagero, como tem vindo a acontecer. Pecadilhos, desde que não sejam pecados, não há quem os não tenha. Quem não pecou, que atira a primeira pedra. Mas ainda vive, tal como as corporações salazaristas de classe, agarrada a valores de proteção, sucessão, compadrio. Porque imperam os valores de proximidade, fica de fora o investimento nas pessoas com competências técnicas e políticas. A incompetência rodeia-se de incompetentes para não ser posta em causa. Por tal razão, não se apontam caminhos para o desenvolvimento e progresso, que é onde se gera riqueza, para fazer com que a sociedade evolua, encontre caminhos de paz social, tolerância, justiça, conforto, bem estar.
Quando vejo televisão, ouço rádio, leio revistas e jornais, navego pela net, mais não vejo senão os principais órgãos de comunicação social, os principais organismos de estado, os grupos de trabalho criados, discutirem o desaparecimento de um computador, o dinheiro que ganha um gestor da TAP, durante semanas e semanas a fio. Pergunto: que faz esta gente, em quem votei, para usar os conhecimentos, que pagamos para a sua formação, numa coisa tão mixuruca como o desaparecimento de um computador que não desapareceu, os dinheiros ganhos, ou indemnizados, de um administrador da TAP? Será que esta gente — culta, especializada em várias áreas do conhecimento, com elevado grau de cidadania, solidários e interessados na causa pública — não sabe que um computador que desaparece e reaparece porque o varredor ou qualquer órgão de polícia o encontrou, deixou de ser assunto e passou a ser um não assunto? Será que esta gente não sabe que um qualquer administrador de uma empresa privada ganha muito mais do que um administrador da TAP, e para além disso, ainda tem prémios?
Será assim tão importante para os órgãos governativos e partidos, para a comunicação social e o presidente, dar voz à discussão de um computador, à gestão da TAP, durante meses a fio, quando existem estruturas vocacionadas para resolver este tipo de conflitos? Se não resolvem, que andaram a fazer durante quase cinquenta anos para regulamentar e responsabilizar?
Não seria muito mais importante discutir e executar as grandes linhas de força para o desenvolvimento do país a cinco, dez, vinte, cinquenta anos? Já alguém se lembrou de que os grandes planos nacionais de curto e longo prazo são objetivos que deveriam estar sempre na mesa, serem cumpridos, independentemente da governação, fosse o partido que fosse? Aqui, sim, o presidente teria de ser mais interventivo no sentido de fazer cumprir os grandes planos traçados e aprovados, em vez de comentar a toda a hora tantas coisas esvaziadas de conteúdo e descontextualizadas.
O presidente, no exercício das suas funções, deve ser um elemento de moderação e equilíbrio, discreto, parco em palavras públicas. Se tem algo a dizer, e tem, diga-o nas reuniões com o governo, puxe-lhe as orelhas em privado para não perder a credibilidade da fala pública por excesso. Se estiver sempre a gritar que vem aí o lobo, fica sem o rebanho. Onde já se viu um treinador de futebol puxar as orelhas publicamente a um jogador? Todas as boas regras do coaching e gestão de pessoas enfatizam a repreensão em privado. Só deste modo conseguem reforçar o poder que têm. O presidente, quando fala em público, tem de ter autoridade para se fazer ouvir e fazer cumprir. Tem de estar à altura das crises, não criar mais uma. Tem de ser a bússola que aponta o rumo sem que fique sujeito às influências dos campos magnéticos dispersos. O presidente tem de ser presidente, não tem de ser uma estrela.
Assembleia, partidos, comunicação social deviam lembrar, obrigar os governos à execução do que verdadeiramente importa: os grandes planos nacionais geradores de riqueza. Aqui, sim, criar grupos de trabalho para pedir responsabilidades sobre assuntos tão importantes como o aeroporto, os caminhos de ferro, as pescas, a agricultura, a indústria, a seca, a interligação de barragens, o destino a dar ao mar — a maior riqueza que o país tem, e que podemos perder se não a soubermos acautelar —, a criação de uma indústria naval forte, a energia, o poder local, o porto de Sines...
Faz sentido, por exemplo, ter toda uma onerosa estrutura — duplicada, triplicada, quadruplicada — administrativa e de serviços ligada a concelhos com pouco mais de um milhar de habitantes? Fusão de concelhos, sim; fusão de freguesias, nunca; criação de regiões? Para quê se o país é tão pequeno? Já alguém se apercebeu que a freguesia é o órgão mais importante do país e concelho por ser a estrutura que está mais próxima das populações, conhece os problemas locais, sabe quais são as suas necessidades? Deem dinheiro e poder às freguesias e verão como o país se desenvolve harmoniosamente. Discutam a criação de uma estrutura concelhia que agregue vários concelhos depauperados de gentes, a centralização dos serviços, a redistribuição dos orçamentos pelas freguesias. Elas sabem gerir os dinheiros de acordo com as necessidades locais.
Porque vão a eleições militantes ou simpatizantes de partidos de fora dos concelhos sem conhecer as populações e as realidades locais? Será que os de fora sabem melhor que os da casa do que precisam?
Tudo leva a crer que para os partidos é muito mais importante o computador, a TAP, e afins, do que o futuro do país, das gerações atuais, das que se seguem. Os partidos perderam o fôlego da transformação pós 25 de Abril. Acomodaram-se. Por inépcia, são incapazes de dialogar entre si para implementar reformas estruturais de alto a baixo. A palavra de ordem é o bota-abaixo, esqueceram-se de construir. Medidas que consideram urgentes quando estão na oposição, se implementadas pelos governos da outra cor, votam contra. Quando estão no governo, destroem o aparelho administrativo e anulam as medidas tomadas pelos governos anteriores. São os governos do faz e desfaz; do desperdício dos dinheiros. Se as grandes empresas do país fossem tão ativas como os nossos governos, em vez de empresas, enriquecimento e empregos teríamos a mercearia da esquina e a pobreza. Até para isto a justiça devia ser pró-ativa: vão atrás das bicicletas, deixam passar os camiões. E nós pagamos. Os tempos vão a favor dos populismos e os culpados são os partidos que se perdem com tricas.
Porque não se preocupa a comunicação social com a arte de bem informar, sua principal missão: vigilância, comunicação, acutilância nos interesses da causa pública?
Computadores? TAP? Tancos? Está na altura de amadurecer um pouco mais, não dar voz ao acessório. Para isso existe a justiça. Funciona mal? Ponham-na a funcionar bem. Não sabem como se faz? Vistam um fato de humildade e vão aprender lá fora. É o melhor investimento que podem fazer pela cidadania.
O país não se desenvolve com uma peregrinação de governantes ao local de uma tragédia para ver quem chega primeiro. O país desenvolve-se com estruturas aptas, com autonomia, para acorrer de imediato às tragédias, resolvê-las, ou, pelo menos, atenuá-las. O poder político no local da tragédia, mais do que ajudar, estorva. Mas deve manter-se na retaguarda para dar respaldo aos operacionais. E deve agir de imediato para minimizar a tragédia. Assim, com políticos discretos e responsáveis, com estruturas operacionais competentes e autónomas, o país desenvolve-se.
Verdadeiramente, para os partidos, o que interessa é derrubar governos, seja de que forma for; para o governo, o que interessa é que as oposições se entretenham a discutir computadores que vão desaparecendo e aparecendo. Assim vão passando pelos pingos da chuva sem prestarem contas do mais importante.
Se os partidos estivessem interessados no desenvolvimento do país, a primeira medida que deveriam tomar era criar condições para o bom funcionamento da justiça. Se funcionar, tudo o mais funciona. A sua missão é ir atrás do que funciona mal por negligência, leviandade, desleixo, displicência, mau funcionamento da causa pública. A justiça não pode ser cega, tem de ter os olhos bem abertos. Tal como funciona, é mais amiga do prevaricador que do cumpridor. Para cumprir bem o seu papel, tem de ser avaliada. De um modo geral, desde que nascemos até que morremos, somos avaliados diariamente nas mais diversas áreas das nossas vidas. Porque não deverão ser avaliados os órgãos estatais como a educação, a justiça, a saúde, e por aí fora?
Já agora, porque não discutir os sindicatos e as ordens, esses feudos intocáveis? No caso dos sindicatos, se calhar até fazia mais sentido começarem por compreender a situação económica da empresa e indexarem os vencimentos a uma parte dos lucros. As greves só servem para rebentar com o tecido empresarial, enviar trabalhadores para o desemprego: foram à luta, reivindicaram os direitos, ficaram desempregados em muitos casos. Ganhou a causa sindical, ficou o trabalhador sem trabalho e vencimento. No caso das ordens, algumas são mais destrutivas que os sindicatos, principalmente as que mexem com a saúde e a justiça.
Se queremos um país moderno e rico, é tudo isto que deve ser discutido por todos: partidos, corporações, órgãos de poder, grupos de trabalho. Quem dá o tiro de partida?
Discutir o computador que desapareceu e apareceu, nunca esteve desaparecido! Sou cristão de casamentos, batizados e funerais, mas é caso para dizer: por amor de Deus! Que desperdício de tanta massa cinzenta! Ou talvez não.
Também nos compete abrir os olhos de uma vez por todas: em vez de ficarmos enfeudados a figuras e ideologias, ser crédulos das falsas promessas, devíamos ler os programas, ver se cumprem o prometido, penalizar sem dó nem piedade quando falham. Principalmente quando fazem conscientemente promessas irrealistas. Prometer muito, fazer pouco, desculparem-se com os governos anteriores, é intelectualmente desonesto para quem os precedeu e um abuso de confiança de quem neles votou. É importante que votemos no melhor programa que se apresenta. Não devemos ficar prisioneiros da figura e do partido. Devemos desconfiar das figuras empáticas que tudo prometem e dão, ainda que à custa do futuro dos nossos jovens. Já aconteceu e pagamos com a carne. A figura é a cara que faz cumprir o programa. Devemos ser assertivos na escolha dos programas que melhor defendam os interesses da comunidade.
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Luis Manuel Pinto da Silva
Comentário actual
Não esperava uma resposta nem foi essa a intenção. Também não esperava que me ouvissem: tinham coisas mais importantes a fazer, como lavar roupa suja, por exemplo. Mas aprendi que acusar a recepção de um escrito era um acto de boa educação. Apenas o PCP respondeu presente e foi além do que esperava: sempre com o mesmo catecismo.
Lembro-me de que em determinado momento de vida difícil, os meus pais recorreram à Presidência do Conselho para dar conhecimento de uma injustiça. Papel azul de 25 linhas e abundância de erros ortográficos. Visto á distância, foi um atrevimento e ousadia dos meus pais e alguns vizinhos que se consideravam injustiçados! A formalidade azul das 25 linhas foi tão educada quanto o analfabetismo o permitia. Dias depois, apareceu um piquete da polícia para identificar os subscritores da petição. Com eles veio o medo. Rapidamente atenuado por uma carta timbrada e autografada da Presidência do Conselho: «O pedido foi encaminhado para os serviços competentes. A Bem da Nação, Salazar.» Infelizmente, os serviços foram incompetentes.
Se conto este episódio real, não é para validar um sistema político fechado e duro, é só para dizer que a ditadura, ás vezes, se mostrava disponível: não fazia nada, mas respondia.
A talhe de foice, conto uma das muitas anedotas do tempo. Salazar passou um dia pelo Parque Eduardo VII. Um casal com um rancho de filhos sabia que passava por ali e tentou a sua sorte: foram matar a fome com as azedas mais apetitosas. Salazar mandou chamar o pai e perguntou o que faziam no jardim — tudo era proibido. O homem desculpou-se com a humilde pobreza que o levava à procura de umas ervitas mais suculentas para comer e fazer um caldito. Sua Excelência prometeu resolver a situação — para quem não sabe, nesses tempos havia três autoridades, todas prepotentes: a do humilde chefe de família quando batia na mulher; a do chefe da nação que cuidava de nós quando não estávamos de acordo; a do ministro de Deus que nos ensinava a viver na pobreza e analfabetismo quando queríamos alcançar o reino dos céus. No dia seguinte, mandou entregar um envelope com um bonito cartão timbrado ao chefe de família. Não sabia ler. Foi á procura de quem soubesse — também era habitual perguntar: «Sabe ler?» Sabia: «A partir de hoje fica autorizado a pastar com sua mulher e filhos em todos os jardins públicos. A bem da Nação. Salazar.» — Hoje não se bate tanto na mulher e filhos como se batia. Na mulher bate-se menos. É um vício cultural que ainda perdura. É preciso continuar e persistir com as regras da boa educação e respeito mútuo para com todos. Os vícios culturais também se modificam.
Os órgãos da nação e comunicação social mandaram-me pastar sem timbre. Só o PCP foi capaz de dar a foice para colher um pouco de pasto. Há uma lição a tirar: se ninguém responde nem acusa a recepção, será que cuida de nós? Confiemos. Afinal a Justiça até é cega.
Esforcemo-nos por saber votar nestas eleições. Mais do que nunca, é preciso estar atento. Nada está garantido e as promessas... bem, sabemos como funcionam. Os tempos de hoje são muito semelhantes aos tempos do início de mandato de Hitler. Ele ascendeu ao poder, não porque o tomou, mas porque votaram nele. A história não mente e a recomposição drástica do mapa está aí para nos lembrar. O nosso país é apenas mais um elo da corrente global. Não façamos parte da corrente e saibamos votar.




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